"De todas as coisas seguras, a mais segura é a dúvida". (Bertolt Brecht)


quinta-feira, 18 de abril de 2024

Da filosofia, da dica e da procura da verdadeira satisfação

Artigo compartilhado do site INFONET, de 31 de janeiro de 2024

Da filosofia, da dica e da procura da verdadeira satisfação

Do blog Cláudio Nunes/Infonet

“Não conhecendo os meios de encontrar uma satisfação para o seu espírito, o homem da civilização da máquina pensa encontrar refúgio na distração. Organiza-se, mesmo, em nossa época, a indústria da distração. O homem procura distrair-se, porque não tem consciência de que o que sua natureza exige é satisfação, não distração. E confunde distração com satisfação! Pensa poder satisfazer-se com a distração. E distrai-se da procura da verdadeira satisfação.” Eduardo Prado de Mendonça.

O leitor que acompanha este espaço desde 2006 sabe que este jornalista é um eterno aprendiz da filosofia e da história. E, recentemente, ao participar de um evento, teve o prazer de conhecer o advogado, especialista em direito eleitoral, Fabiano Feitosa. E, no bate papo teve a oportunidade de saber que o advogado também é um entusiasta do aprendizado filosófico.

Fabiano sugeriu um livro de um professor e filósofo brasileiro, Eduardo Prado de Mendonça, escrito no início da década de 70, “O mundo precisa de filosofia”. Eduardo faleceu prematuramente em 1978, aos 54 anos, mas deixou várias obras. No caso deste livro especifico ele destaca como a filosofia está no nosso dia a dia citando e refletindo sobre o que escreveram diversos filósofos. Assim como Fabiano Feitosa, este jornalista conseguiu um exemplar usado, neste caso num sebo da cidade de Porto Alegre (RS).

De maneira mais objetiva e clara, o blog vai tentar aos poucos refletir e analisar os capítulos – alguns são fantásticos como “ Viver, ou ter coragem de Morrer” – de tudo que é abordado neste livro que é uma verdadeira síntese de alguns princípios filosóficos.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet com br/blogs/claudio-nunes

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Artigo compartilhado do site INFONET, de 9 de fevereiro de 2024

Reflexão para o Carnaval: viver, ou ter coragem de morrer; a vida

Do blog Cláudio Nunes/Infonet.

Dando continuidade a leitura do livro “O mundo precisa de filosofia” do filósofo brasileiro já falecido Eduardo Prado de Mendonça, citado no artigo do último 31 de janeiro neste espaço – Da filosofia, da dica e da procura da verdadeira satisfação – e fruto de uma dica do entusiasta da filosofia, o advogado especialista em direito eleitoral, Fabiano Feitosa, o blog aborda hoje um dos capítulos que mais gostou: Viver, ou ter coragem de morrer.

Ao citar Sócrates, o autor aborda a existência humana abordando o problema da vida que imediatamente leva o problema da morte. Apenas dois parágrafos para reflexão:

“Pensar a morte é tão difícil como pensar o próprio nascimento. Pensamos em nós, vivendo. Pensamos em nós tendo consciência das coisas. Não pensamos em nós antes de nascermos, e nem pensamos em nós nascendo. Da mesma forma, ninguém pensa a própria morte. Pensamos a morte dos outros, pensamos isto em termos abstratos.”

“Nascemos, pois, a cada momento, no ministério da subsistência. Mas morremos também aos poucos, na medida em que nos sentimos tolhidos na existência, e obrigados a escolher de tal forma que na proporção em preferimos alguma coisa deixamos de lado outras, e a fixação numa é o desligar-se de outras. O processo de seleção e escolha, em que vivemos nos faz passar pela experiência viva de nascer e morrer em cada momento de decisão.”

Ou seja, é como escreveu o filósofo francês, Henri Bergson citado pelo autor: “a vida não se contenta com o bom, ela pede o melhor.” É preciso que o ser humano tenha consciência que a vida é um mistério com começo e fim, portanto viver é um processo constante de escolha.

Texto reproduzido do site: infonet com br/blogs/claudio-nunes

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Artigo compartilhado do site INFONET, de 12 de abril de 2024 

Ser humano vive esquecendo que a morte é algo inescapável. Parte I

Do blog Cláudio Nunes/Infonet.

“O mais terrível dos males, a morte, não é nada para nós, pois enquanto nós existimos, a morte não está presente, e quando a morte está presente, então nós não existimos”. Epicuro.

Epicuro, um dos maiores filósofos gregos, deixou muitas reflexões filosóficas, principalmente sobre a morte, já que não acreditava na imortalidade. A vida, dizia ele, era uma tragédia. “Não somos filhos de Deus, vivemos e morremos por acaso e depois da morte não há outra vida”, escreveu.

Epicuro viveu nos anos antes de Cristo e, passados tantos séculos, boa parte do ser humano, sobretudo aquela gananciosa e sedenta de poder, ainda não aceita a morte, apesar de ser a única certeza real na vida.

Como bem escreveu o filósofo brasileiro já falecido, Eduardo Prado de Mendonça, “nós estamos por demais viciados em critérios, através dos quais realizamos os nossos juízos de valor.”

E boa parte tem a noção do útil como um critério por excelência da vida humana e ponto final.

Os “cultos” do ter, querer e poder, são as principais bases da vida da maioria dos seres humanos. E muitos, quando dão conta da presença da morte é tarde demais para exercer a plenitude de viver com os familiares e, sobretudo, da caridade para o próximo.

Dos devaneios reflexivos do blog Quem leu o artigo acima pode esperar mais alguns no decorrer das próximas semanas. Aliás, esta “série” foi iniciada em 31 de janeiro com o artigo “Da filosofia, da dica e da procura da verdadeira satisfação” e continuada com uma reflexão para o feriadão de Carnaval no último dia 9 de fevereiro “viver, ou ter coragem de morrer; a vida”.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet com br/blogs/claudio-nunes

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Artigo compartilhado do site INFONET, de 18 de abril de 2024

Ser humano vive esquecendo que a morte é algo inescapável. Parte II

Do blog Cláudio Nunes/Infonet.

O blog continua hoje a reflexão sobre a morte e a irracionalidade da maioria da humanidade que pensa que é imortal esquecendo que a vida é efêmera e dela não se leva bens materiais, mas sim o que foi forjado na relação com o próximo sem egoísmo e orgulho, mas com desprendimento, fraternidade e solidariedade.

No mundo onde quem dita as normas para uma sociedade consumista é a ambição, a hipocrisia, a vaidade, a arrogância e o individualismo é cada vez mais difícil encontrar pessoas com sentimentos como humildade e caridade para o próximo.

Eduardo Prado de Mendonça, filósofo brasileiro, em seu livro “O Mundo Precisa de Filosofia”, lembrou que o homem moderno – imagine, num livro lançado em 1978 – de tanto se servir da máquina, passou a refletir o humano pelo mecânico. “Vivemos presos ao imediato. À Medida em que o homem mais desconhece a razão de ser de sua vida, tanto mais ele se agarra às pequeninas coisas do cotidiano. Tanto menos ele conhece o sentido de sua vida, e mais é tomado de uma angústia e paixão, que deixam a impressão de uma pressa de chegar sem que ele saiba aonde. E quanto menos ele se conhece a si mesmo tanto mais se empenha em transformar o mundo. Revolver não é revolucionar, envolver não é evoluir, nem processamento é necessariamente progredir”, escreveu Eduardo Prado.

“Na perspectiva do mais, esqueceu do melhor”. E finaliza lembrando do “Fausto” de Goethe, movido pela ambição de possuir todos os bens do mundo e entregou a sua alma ao diabo.

E o que acontece com a maioria do ser humano hoje: vendeu literalmente sua alma ao diabo a partir da ambição e da vaidade. São dominados literalmente pelo diabo. E quando estão à beira da morte lembram que esqueceram de viver mais praticando o bem, a fraternidade e da humildade necessária para aos olhos de Deus.

Dos devaneios reflexivos do blog O artigo acima é a continuidade do texto da do dia 12 de Abril, com o título: “Ser humano vive esquecendo que a morte é algo inescapável. Parte I”, que faz parte de uma “série” iniciada em 31 de janeiro com o artigo “Da filosofia, da dica e da procura da verdadeira satisfação” e continuada com uma reflexão para o feriadão de Carnaval no último dia 9 de fevereiro “viver, ou ter coragem de morrer; a vida”.

Texto reproduzido do site: infonet com br/blogs/claudio-nunes

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Artigo compartilhado do site INFONET, de  23 de abril de 2024

Ser humano vive esquecendo que a morte é algo inescapável. Parte III

Do Blog Cláudio Nunes/Infonet

E continuando os devaneios do blog com reflexões sobre filosofia, vida e morte. Hoje é preciso analisar a vida atual onde a maioria vive muitas vezes uma realidade virtual que muitas vezes não reflete o verdadeiro “viver”.  A aparência e a necessidade de aparecer estão acima da importância de valorizar o próximo no sentido mais amplo da palavra.

Alguns exercitam o “pecado da ignorância”, como escreveu São Tomás de Aquino no sentido da culpa, implicando na omissão indesculpável e desinteresse por valores.

É como escreveu o filósofo brasileiro Eduardo Prado de Mendonça “na vida humana, ou vivemos de acordo com o que pensamos, ou acabamos pensando de acordo com o nosso modo de viver”. Uma frase atualíssima para os dias onde a realidade virtual está acima da realidade concreta.

Boa parte da humanidade hoje é negligente com a omissão na falta de ações, tanto no campo global, como na sua comunidade. Este equivoco é provocado, sobretudo, pelo mundo virtual das aparências, que deixa a realidade fora do contexto principal.

Confirma a tese de Eduardo Prado que o modo de viver se sobrepõe muitas vezes ao que o cidadão pensa. O despojamento é algo para poucos não no sentido apenas material, mas no sentido de se livrar da omissão e da negligência para encarnar a verdade e a humildade no relacionamento com o próximo.

Reflexões O artigo acima é a continuidade de uma série de textos publicado sobre o tema iniciada em 31 de janeiro com o artigo “Da filosofia, da dica e da procura da verdadeira satisfação” e continuada com uma reflexão para o feriadão de Carnaval no último dia 9 de fevereiro “viver, ou ter coragem de morrer; a vida”. Depois “Ser humano vive esquecendo que a morte é algo inescapável. Parte I”, Parte II e este de hoje.

Texto reproduzido do site: infonet com br/blogs/claudio-nunes

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